Arquivos Artigos | Centro Brasil Design Conexões Transformadoras Thu, 11 Aug 2022 17:36:01 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.2.5 https://www.cbd.org.br/wp-content/uploads/2020/06/cropped-favicon-32x32.png Arquivos Artigos | Centro Brasil Design 32 32 Destaques do design premiado na ABIMAD https://www.cbd.org.br/artigos/destaques-do-design-premiado-na-abimad/ https://www.cbd.org.br/artigos/destaques-do-design-premiado-na-abimad/#comments Thu, 11 Aug 2022 17:34:15 +0000 https://www.cbd.org.br/?p=5556 A ABIMAD – feira da Associação Brasileira das Indústrias de Móveis de Alta Decoração, aconteceu de 19 a 22 de julho no Pavilhão da...

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A ABIMAD – feira da Associação Brasileira das Indústrias de Móveis de Alta Decoração, aconteceu de 19 a 22 de julho no Pavilhão da Expo São Paulo e o Centro Brasil Design esteve presente fazendo a cobertura. Vamos destacar marcas, objetos e móveis expostos e que chamaram a atenção pelo bom design, pelo design assinado e, acima de tudo, pelo design brasileiro.

A indústria Móveis James apresentou um estande amplo com muitas peças bem distribuídas. Destaque para a Adega Cacho, design do escritório do Distrito Federal, Choque Design e que tem o selo máximo do design mundial, o iF DESIGN AWARD. O iF é uma das principais chancelas do bom design em âmbito global e a Adega fez tão bonito lá fora que além do selo, trouxe para o Brasil o aclamado troféu iF Gold Award diretamente da Alemanha. A adega cacho preza pelo seu minimalismo, vários tons possíveis e é de uma simplicidade um tanto quanto única. Combina com vários ambientes e anda do residencial ao comercial. Um projeto que ganha destaque pelo bom design brasileiro.

Adega Cacho, premiado com o iF Gold Award 2021.

Outra linha que chamou bastante atenção, foi a linha de móveis modulares da Butzke, desenhada pelo arquiteto multipremiado Arthur Casas. A linha ganha destaque pela facilidade, flexibilidade e possibilidade de várias composições.

Linha Ripas, design Arthur Casas para Butzke

De móveis a utensílios, um highlight para a marca Riva, que utiliza como matérias-primas principais o aço inox, a prata e o ouro. A Riva tem um acabamento tão sublime e tão perfeito que os objetos ganharam a atenção de todos que passaram pelo estande. Uma empresa que nos enche de orgulho pela qualidade e pelo design de cada peça, pensada de forma única. A Riva já conquistou vários prêmios de design nacionais e internacionais. Tem a qualidade como DNA da marca. A fábrica está na Serra Gaúcha, no sul do Brasil e todos os objetos são concebidos, produzidos e embalados nas oficinas da Riva.

 

Castiçal Manhattan 5 Velas da Riva

Na ABIMAD podemos ver marcas brasileiras premiadas e reconhecidas por selos importantes em âmbito global; do alemão iF DESIGN AWARD a prêmios nacionais relevantes como Museu da Casa Brasileira e Brasil Design Award; aos também internacionais Red Dot e AˈDesign Award. Estas chancelas importantes promovem o devido destaque à indústria nacional e reconhecem o Brasil como tendo uma economia criativa forte e de grande potencial. Isto nos faz ter a certeza que nosso país vem, ano após ano, ganhando destaque internacional e nacional pelo bom design e eleva a criatividade brasileira em um nível internacional de competitividade, onde temos tido destaque, sucesso e relevância. O Centro Brasil Design vem há mais de 23 anos promovendo o design brasileiro e tem convicção que nosso país tem ainda muito potencial e muito mercado para ser alcançado.

O Centro Brasil Design representa o iF DESIGN AWARD no Brasil e sabemos que todos os anos o júri internacional aguarda ansioso pelos projetos brasileiros pela criatividade, inovação e também pelo impacto positivo que cada projeto reflete.

Que venham mais feiras como a Abimad e que possamos ganhar ainda mais destaque em design e inovação com o design brasileiro lá fora.

 

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Tempo de Cuidar https://www.cbd.org.br/artigos/tempo-de-cuidar/ https://www.cbd.org.br/artigos/tempo-de-cuidar/#respond Thu, 23 Jun 2022 17:41:16 +0000 https://www.cbd.org.br/?p=5457 Em 2021, fazia 1 ano desde o início da pandemia de covid-19, um cenário inesperado que transformou o mundo profundamente, mexeu com as estruturas...

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Em 2021, fazia 1 ano desde o início da pandemia de covid-19, um cenário inesperado que transformou o mundo profundamente, mexeu com as estruturas da sociedade e mudou a forma como as pessoas se relacionam com os diversos setores desta. Foi nesse contexto que a Cooperárvore, cooperativa de moda sustentável localizada no bairro Jardim Teresópolis em Betim, MG, procurou o time de Design da Stellantis South America para colaborar com um motivo bastante especial: o aniversário de 15 anos da cooperativa.

Sempre tivemos contato com a Cooperárvore, não só pela origem e pela proximidade geográfica, mas também pela curiosidade e interesse mútuos nas produções e criações dos dois times. Aqui do Design Stellantis víamos os materiais tomarem outras formas nas mãos das artesãs: cintos de segurança viram lindas bolsas, tecidos de carro viram malas e mochilas.

#paratodosverem -Quatro mulheres da Cooperárvore trabalhando em máquinas de costura no galpão da Cooperativa

Criada em 2006, a Cooperárvore cria acessórios a partir dos materiais descartados durante o ciclo produtivo de automóveis no polo Stellantis em Betim. Desde o início até hoje, já foram 39 toneladas de materiais reutilizados, e mais de 250 mil produtos vendidos. Por meio desse trabalho, a Cooperárvore gera empregos e renda para moradores, especialmente mulheres, da comunidade na qual está localizada; E, tão importante quanto, gera empoderamento e eleva a autoestima das pessoas envolvidas no projeto.

Nossos encontros em 2021 tiveram que ser virtuais, por causa das restrições que a pandemia nos impunha. Mas logo descobrimos que isso não seria uma barreira, e usamos a tecnologia a nosso favor. Começamos os trabalhos conversando sobre os desejos das cooperadas, e sobre como elas gostariam de celebrar esse momento marcante na vida da Cooperárvore. Elas nos disseram que estava na hora de criar uma nova coleção de estampas para os produtos, e já tinham bem definido qual seria o tema principal: Tempo de Cuidar.

Essa frase, aparentemente simples, resumiu muito bem o momento que vivíamos e foi a linha que conduziu nossas conversas, pensamentos e criações. É tempo de cuidar de si, de cuidar dos outros, de ouvir e de oferecer palavras de conforto, carinho e cuidado. Falamos sobre os aprendizados que a pandemia tinha nos trazido até então. Sobre o que gostaríamos de mudar, sobre os cuidados que queríamos manter. Descobrimos que nesse tempo de isolamento tivemos necessidades bem semelhantes. Nos reconectamos com a natureza, com o que faz bem ao nosso corpo e nossa mente. Constatamos, mais uma vez, que a principal fonte criativa para os designers está na escuta atenta do outro.

E como resultado de todo esse processo, criamos estampas coloridas, vivas e alegres, para contrapor os tempos difíceis e trazer cor aos dias cinzentos.

#paratodosverem – Produtos da Cooperárvore com as estampas variadas da nova coleção. A foto mostra bolsas, sacolas de compras, almofadas de pescoço e luvas de cozinha.

Assim como em todo processo de design, aprendemos muito, identificamos falhas, corrigimos algumas e seguimos nesse ciclo de crescimento e ajuda mútua. Compartilhamos conhecimento, ideias, experiências e a crença em um futuro melhor para todos e, ao final deste processo, mais do que uma coleção de estampas, criamos um laço entre Stellantis e Cooperárvore, entre designers e artesãos, e entre pessoas.

#paratodosverem – Times do Stellantis Design e Cooperárvore juntos em volta de mesa com produtos da coleção.
#pratodosverem – Duas mulheres da Cooperárvore, em pé ao lado de uma mesa, selecionando cintos de seguranças de cores diversas para confecção dos produtos.

Breve descritivo da empresa:

Um dos maiores estúdios de design na América Latina, o Stellantis Design surgiu da fusão das marcas automotivas FCA e PSA. Hoje com aproximadamente 150 profissionais, é o estúdio responsável por experimentar novas ideias, formas e materiais para marcas como Fiat, Jeep, RAM, Peugeot e Citroën.

Todos os produtos da Stellantis são desenvolvidos de forma colaborativa por equipes globais. Com uma equipe multidisciplinar, o Stellantis Design South America mantém uma intensa rotina de intercâmbio com os pólos de desenvolvimento da Stellantis na América do Norte, Europa e Ásia.

Fonte: Stellantis Design

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QUANDO A EMBALAGEM VENDE https://www.cbd.org.br/artigos/5417/ https://www.cbd.org.br/artigos/5417/#comments Fri, 20 May 2022 13:38:50 +0000 https://www.cbd.org.br/?p=5417   O melhor indicador de uma embalagem eficiente é quando ela vende o produto sem que tenha alguém ali apresentando suas características. As empresas...

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O melhor indicador de uma embalagem eficiente é quando ela vende o produto sem que tenha alguém ali apresentando suas características. As empresas que possuem bons produtos, precisam demonstrar que o produto é bom, e muitas vezes não terá alguém ao lado explicando as características do produto no ponto de venda, ou então não há budgets para demonstrações ou degustações. O papel da embalagem neste momento é fundamental para concretizar uma venda.

Precisamos entender e utilizar todos os meios possíveis para a conversão da venda, pois 80% das escolhas entre as marcas são feitas nos pontos de venda e para isso precisamos entender quais os fatores determinantes que a empresa precisa conhecer para verificar se a embalagem que está utilizando vai fazer com que o produto transmita os valores que tem a oferecer.

Gostaria de compartilhar neste texto, de forma simplificada, alguns itens para reflexão quando consumidores decidem comprar algo, e as empresas na iminência de ofertar o produto, não destacam ou até depreciam algumas informações em suas embalagens.

  • Segurança

Independentemente do segmento de atuação, a embalagem deve transmitir confiança ao consumidor e fazer com que ele não tenha dúvidas sobre a segurança do que está comprando. Percebemos isso com o uso de lacres, de
informações pertinentes e visíveis sobre validade, ou ainda quando vemos embalagens intactas e preservadas, sem amassados ou deteriorações.

  • Estética

Neste item, podemos entender o apelo estético como design, como utilização de cores adequadas com perfil do público-alvo, podemos considerar imagens que elevem o produto e mostre suas características mais promissoras, além de alguns atributos técnicos como legibilidade e boa impressão.

  • Qualidade

A qualidade do produto está intrínseca à qualidade da embalagem. Esta vai refletir o que está acondicionando e protegendo. Aqui o consumidor crítico vai perceber se o material está adequado, se está protegendo, se as informações estão suficientemente indicadas, e principalmente, se pode confiar nesta aquisição.

  • Informação

A embalagem é muitas vezes a única forma de comunicação com o cliente pois algumas empresas não possuem verbas de comunicação e marketing para campanhas. Então a embalagem é uma oportunidade única da empresa convencer o cliente que seu produto é bom, e as informações corretas são fundamentais. Deve-se adotar o equilíbrio, coerência e, principalmente a hierarquia de informações.

  • Destaque

Queremos ter uma primeira impressão positiva no ponto de venda, pois o primeiro contato do cliente com o produto está ficando cada vez mais disputado frente a tanta concorrência. Buscar este destaque é tarefa de um profissional de mercado que buscará a diferenciação que o produto precisa.

Espero que estes itens tornem-se um check list para a reflexão das embalagens que você oferece a seus consumidores ou para aquelas que ainda estão em desenvolvimento. Certamente, algumas constatações conduzirão à contratação de alguns profissionais especializados que auxiliarão no desenvolvimento de embalagens mais efetivas e eficazes.

Ana Brum

 

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Design de Embalagens: 50 Embalagens Criativas https://www.cbd.org.br/artigos/design-de-embalagens-50-embalagens-criativas/ https://www.cbd.org.br/artigos/design-de-embalagens-50-embalagens-criativas/#comments Mon, 06 May 2019 18:12:32 +0000 https://www.cbd.org.br/?p=3147 ** conteúdo by Canva   Pense em sua compra mais recente. Por que você comprou o produto daquela marca específica? Foi uma compra impulsiva...

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** conteúdo by Canva

 

design de embalagens, embalagens criativas

Pense em sua compra mais recente.

Por que você comprou o produto daquela marca específica? Foi uma compra impulsiva ou você realmente precisava daquilo?

Agora que você está pensando nisso, possivelmente percebeu que comprou aquilo porque era interessante. Sim, você talvez precisasse de um xampu, mas você precisava de um xampu daquela marca? Aquele, com embalagem elegante e visual caro? Não, mas você comprou, pois pensou que isso faria você se sentir especial, mesmo sendo um produto igual ao da seção de promoções.

Este é o propósito da embalagem. Quando feita de maneira correta e criativa, ela se torna responsável pela venda do seu produto. A embalagem chama a atenção, transmite uma mensagem e faz o consumidor se sentir de uma maneira específica.

Saber o que fazer para destacar seu produto nas prateleiras é difícil. Por isso, dê uma olhada nestas 50 embalagens criativas, inspire-se e aprenda como criar embalagens de sucesso.

01. Use padrões

 

Behance/Anagram

Use padrões de design para incrementar uma embalagem. Este display para ferramentas tem uma estrutura simples, mas se diferencia pelas listras interessantes no fundo. O esquema de cores transmite qualidade e americanismo, e as ferramentas falam por si.

 

02. Considere todos os espaços disponíveis

 

Behance/Anagram

Ao criar uma embalagem, utilize cada centímetro dela. Esta caixa usa um padrão floral em seu interior. Em vez de deixar a parte interna sem nada, o padrão faz com que o produto dentro da caixa pareça mais sofisticado.

 

03. Não tenha medo da simplicidade

 

Behance/Anagram

Às vezes, a simplicidade é fundamental. O material reciclável em tom terroso desta embalagem proporciona uma sensação natural, que se consolida com a ilustração da pena. As cores chamativas dos rótulos harmonizam com o design e proporcionam um toque mais moderno à embalagem.

 

04. Pense na experiência do usuário

 

Behance/Anagram

Considere as ações de uma pessoa quando ela estiver interagindo com o seu produto. Neste caso, o produto é um luxuoso par de pantufas. Como é um produto requintado, ele vem dentro de uma sacolinha de tecido, colocada dentro da caixa. O comprador, ao abrir a caixa, encontra outro pacote dentro dele e, finalmente, o produto. A simples ação de criar camadas de embalagem proporciona requinte, facilitando a decisão do comprador de pagar alguns reais extras pela experiência.

 

05. Complemente o produto

 

Behance/Marie Zieger/Identidade visual por moodley

Faça com que o design da embalagem complemente o produto. Este pacote parece simples e natural, como o seu conteúdo. Você pode ver o produto dentro da embalagem antes de realizar a compra, dando a impressão de transparência e de orgulho do que está sendo vendido.

 

06. Seja brincalhão

 

Behance/Tried&True Design

Se você tem a oportunidade de brincar com sua embalagem, faça isso. Esta embalagem é incrivelmente divertida e, ao mesmo tempo, simples. A ilustração interage com o produto e também permite que ele se destaque. As cores se harmonizam com as framboesas, e o personagem comendo as frutinhas indica a qualidade do produto.

 

07. Seja ousado

 

Behance/Futura

O uso de um padrão interessante, com cores e formas diversas, é uma ótima maneira de destacar algo. Esta embalagem de tequila usa um padrão assim. Além disso, possui um visual realmente único. Ela parece divertida e promete um bom momento de descontração se você escolher este produto.

 

08. Faça diferente

 

Behance/Maude Paquette-Boulva

Se você tem um produto que muitas outras pessoas também produzem, tente mostrá-lo de maneira inovadora. Esta embalagem de mel deu um passo na direção certa ao usar uma caixa feita de cera de abelha, deixando de lado o típico recipiente de plástico ou de vidro. E o melhor de tudo: após usar o produto, você pode virá-lo de ponta-cabeça e usá-lo como vela. Você pode queimar o pacote, fazendo com que o produto se torne completamente livre de desperdícios.

 

09. Considere o processo

 

Behance/Priscilla Grassi/Jorge Gálan

10. Use estilização

 

Behance/Robinsson Cravents

Não se sinta na obrigação de fazer com que suas ilustrações e seus gráficos sejam completamente realistas. Se você puder estilizar sua imagem e usá-la como elemento de textura, faça isso. Esta embalagem usa a simples ilustração de uma cabeça. O cabelo balança por toda a caixa, criando um padrão como pano de fundo. À primeira vista, você não sabe o que o padrão significa, mas à medida que você explora a embalagem, percebe que é um cabelo.

 

11. Não se limite

 

Behance/The6th Studio

Se for melhor colocar seu produto em um certo tipo de embalagem, não se limite à ideia básica. A melhor embalagem para este sabonete é uma caixa. Porém, em vez de usar uma caixa comum, este produto possui uma embalagem que abre como se fosse um livro. A ação de “virar a página” torna a embalagem muito mais especial e interessante; além disso, faz com que a embalagem se torne algo que vale a pena guardar e usar como elemento decorativo.

 

12. Seja moderno

 

Behance/Saana Hellsten

Designs modernos, elegantes e simples se destacam. Use linhas visíveis, cores simples e fontes não-serifadas para obter um visual moderno. Esta série de embalagens adotou uma abordagem bem atual, tornando-se ainda mais moderna ao não focar em um gênero específico. Ela é neutra e, por isso, atrai a atenção dos observadores instantaneamente, curiosos sobre o público desta série de produtos.

 

13. Use texturas

 

Behance/Yiannis Ghikas

Em vez de usar somente textura visual, use também uma textura palpável. Pessoas vão interagir fisicamente com a sua embalagem, então atraia o toque, não apenas a visão. Esta série de embalagens de repelente usa textura na base de cada frasco. A textura não apenas ajuda o usuário a segurar melhor o produto, como também proporciona às mãos uma sensação interessante e, visualmente, conecta-se com a imagem localizada no topo da embalagem.

 

14. Seja intenso

 

Behance/Mitina Anastasia

Se o seu produto tem um colorido intenso, inspire-se nisso. Use toques de cores intensas na sua embalagem – como nesta série de embalagens de bala. Cada tipo de bala tem uma cor diferente, e cada embalagem usa a cor da bala correspondente nas laterais e nos gráficos. A linha de produtos se conecta como um todo, mas é única o suficiente para você conseguir diferenciar os produtos (sem precisar olhar para as balas).

 

15. Conte uma história

 

Behance/Jonathan Yurek

Se você conseguir contar uma história através da sua embalagem, vai fazer um grande favor a si mesmo. As pessoas adoram histórias, e elas adoram descobrir informações. Esta embalagem de meias conta uma história única. Ao tirar as meias da embalagem, um tufo de algodão aparece, simulando a fumaça gerada pelas fábricas de meias do passado.

 

16. Use as suas raízes

 

The Dieline/Judit Besze

Analise o que o seu produto representa e mostre isso em sua embalagem. Esta linha de beleza representa simplicidade, naturalidade e ingredientes puros. A marca mostra tudo isso através da embalagem. Ela é simples, clara e visualmente natural. A caixa em tom terroso também adiciona um toque bacana ao aspecto natural.

 

17. Seja criativo

 

The Dieline/Ahhaproject

Você pode criar uma embalagem bacana, mas se você puder criar um produto de visual legal, você se tornará um vencedor. Pegue este sabonete de leite como exemplo. É apenas um sabonete feito de leite – e poderia, facilmente, ser apenas mais um sabonete retangular. Porém, o sabonete se tornou um picolé, saindo do lugar-comum e estabelecendo uma relação direta com o leite presente nele.

 

18. Considere a parte de dentro

 

The Dieline/Tait Design Co.

A parte externa da embalagem deve ser interessante, mas e a parte de dentro? Se o seu produto possui múltiplas peças, mostre cada uma delas separadamente. Esta embalagem de ioiô possui pequenas divisórias para cada peça do brinquedo, e todas elas se encaixam perfeitamente dentro dos compartimentos. As cores do produto têm relação com as cores da caixa, formando uma composição bacana.

 

19. Sirva para outro propósito

 

The Dieline/KOREFE

Ser sustentável é uma ótima maneira de fazer as pessoas gostarem da sua marca. Um jeito de fazer isso é dando à embalagem do seu produto um propósito diferente. Estas garrafas parecem embalagens normais de produtos de limpeza; mas quando você interage com elas, percebe que elas não são feitas de plástico. Elas são garrafas de porcelana, e a intenção é fazer com que você reutilize as embalagens depois que o produto acabar.

 

20. Brinque com os sentidos

 

The Dieline/Depot WPF

Tente utilizar todos os sentidos de seu cliente através da embalagem, se você puder. A sensação de toque é reproduzida nesta embalagem de lençol. Pequenas peças foram inseridas dentro da embalagem antes de ela ser fechada a vácuo, criando um efeito 3D em relevo. É interessante não só para os olhos, mas também para as mãos.

 

21. Deixe o produto falar

 

The Dieline/Watts Design

Se você tem um produto de qualidade, deixe-o falar. Não sinta a necessidade de envolvê-lo em algo brilhante e chamativo se não for preciso. Estas meias-calças são de excelente qualidade e bonitas. Em vez de escondê-las dentro de uma caixa, elas ganharam destaque, permitindo ao comprador ver como são incríveis.

 

22. Limite os recursos usados

 

The Dieline/Mapache

Embalagens custam dinheiro, simples assim. Se você não precisa de uma embalagem completa, não a utilize. Estes cabos de música são embalados de maneira muito simples e, ao mesmo tempo, eficiente. Os embrulhos de papel possuem um belo design, com toques de dourado, e as cores utilizadas correspondem às cores dos produtos.

 

23. Deixe o consumidor espiar

 

The Dieline/Arithmetic

Quando o assunto é produto alimentar, ver o que se está comprando é muito importante. Como saber o que há dentro dos pacotes e caixas quando não é possível visualizar o conteúdo? Estes biscoitos para cães possuem uma embalagem com abertura transparente, para que você possa ver exatamente o que vai dar ao seu cãozinho. Você não vai ter surpresas quando abrir o pacote em casa. Além disso, você pode analisar a qualidade do produto simplesmente olhando para ele.

 

24. Seja luxuoso

 

The Dieline/Aaron-Harper Lee

As pessoas gastam bastante dinheiro com licor. Com tantas marcas por aí, que tal garantir que seu licor se destaque nas prateleiras? Este licor fez o dever de casa. Ele possui uma caixa única, vem com dois copos de vidro e sua embalagem possui tons de amarelo e rosa vibrantes. Ele simboliza a ideia de um bom momento e pode ser usado para comemorar um fim de semana bem aproveitado.

 

25. Use poucas cores

 

Creative Bloq/Big Fish

Limite sua paleta de cores para criar um visual coeso. A embalagem deste biscoito de arroz usa uma paleta de cores que tem a ver com o sabor do biscoito, sal marinho e balsâmico – por isso a temática náutica. Os tons de azul se harmonizam muito bem, e o laranja proporciona um toque acentuado.

 

26. Utilize o produto

 

Creative Bloq/Gürtlerbachmann GmbH

Se você puder usar o produto como parte da embalagem, faça isso. Estes sapatos possuem incríveis embalagens em formato de pássaro. Em vez de simplesmente deixar os sapatos dentro das caixas, os cadarços são usados para dar a ilusão de minhocas nos bicos dos pássaros.

 

27. Seja atual

 

Creative Bloq/Sasha Kischenko

Use as tendências atuais para deixar sua embalagem mais moderna. Esta cerveja usa uma fonte incrivelmente popular não apenas como branding, mas também como homônimo. É simples, clara, moderna e tem um visual meio hipster.

 

28. Pense fora da caixa

 

Creative Bloq/Designate

…Ou em alguns casos, no que vai dentro dela. Saia do lugar-comum quando o assunto é o tipo de embalagem que produtos como o seu devem ter. Água, geralmente, vem dentro de uma garrafa plástica. Porém, esta aqui vem dentro de uma embalagem de papelão. Não deixa de ser água, mas é diferente de todas as outras águas do mercado, e isso vai fazer com que ela se destaque.

 

29. Use uma imagem interessante

 

Creative Bloq/Johannes Schulz

Use uma imagem excêntrica, inesperada. Por sorte, o nome desta vodca é excêntrico, de modo que a imagem foi baseada nele. A espinha parece ser em 3D, por conta da forma como foi impressa no vidro, e proporciona um efeito maravilhoso.

 

30. Seja literal

 

Creative Bloq/Saturday Mfg

Se o seu produto é fabricado de uma certa maneira, tente inserir isso em sua embalagem. Estes cookies, por exemplo, são assados em um forno. Então, por que não fazer com que a embalagem seja um forno? É uma maneira de dar um toque lúdico e afetivo à caixa de cookies convencional. Além disso, transmite a sensação de um verdadeiro deleite.

 

31. Crie familiaridade

 

Creative Bloq/Stranger & Stranger

Existe algo familiar quando se trata do seu tipo de produto? Tente usar isso em sua embalagem para obter uma compreensão universal. Esta garrafa de bebida alcoólica não tem apenas um rótulo incrivelmente detalhado, mas também um divertido embrulho de papel marrom  — representando o modo como as pessoas costumam esconder a bebida em público em certos países. Muitas pessoas sabem o que isso significa e podem dar uma boa risada.

 

32. Inclua interação

 

Creative Bloq/J Walter Thompson

Se a sua embalagem for interativa, as pessoas vão amá-la. Esta garrafa de Smirnoff possui um embrulho que você precisa “descascar”. A embalagem também é igual à fruta que dá sabor à bebida, fazendo com que ela pareça mais natural.

 

33. Seja esquisito

 

Creative Bloq/Naoto Fukasawa

Faça com que as pessoas se sintam desconfortáveis, se este for o seu estilo. Estas embalagens de suco são muito, muito estranhas. A semelhança das embalagens com as frutas reais é incrível; e vê-las em forma de caixa faz com que o consumidor olhe duas vezes. A embalagem de cada suco dá a impressão de que você está bebendo diretamente da fruta, fazendo com que o produto pareça mais saudável.

 

34. Use humor

 

Creative Bloq/Poilu

Ser um pouco brincalhão com sua embalagem é divertido. Se você pode fazer alguém sorrir ao olhar para o seu produto, por que não fazer isso? Estes pincéis atuam como pelos faciais nestas embalagens com rostos ilustrados. Eles são divertidos de olhar e, definitivamente, diferenciam-se de outros pincéis.

 

35. Não tenha medo de exagerar

 

boredpanda/Lacy Kuhn

Exagere suas formas, cores e ilustrações quando puder. Esta marca de cereal usa um urso como personagem (porque eles gostam do sabor de mel). Em vez de usar apenas uma foto fofa de urso, a embalagem tem a forma de um urso de boca bem aberta, empanturrando-se de cereais deliciosos.

 

36. Transforme em algo diferente

 

boredpanda/Soon Mo Kang

Só porque seu produto é uma coisa, não significa que ele não pode parecer algo diferente. Seja criativo com o visual do seu produto. Em vez de usar um sachê de chá comum, esta marca de chá transformou os sachês em camisetas, utilizando cabides como complemento. O cabide mantém o sachê dentro da xícara, tornando o acessório funcional, não apenas estético.

 

37. Transforme a embalagem no produto

 

boredpanda/Igor Mitin

Mostre do que seu produto é feito através da embalagem. Este perfume, chamado Zen, é feito de bambu. Em vez de usar uma ilustração ou impressão de bambu, o frasco virou um bambu. A embalagem, então, tornou-se um símbolo do produto, algo bonito de exibir.

 

38. Incorpore beleza

 

boredpanda/Natalia Ponomareva

As pessoas amam coisas bonitas. O ato de comprá-las e usá-las faz com que se sintam bem. Este é outro sachê de chá interessante, porém, com uma proposta diferente: é um sachê em forma de pássaro. Ele flutua lindamente dentro da xícara, como se estivesse voando, e transmite uma sensação de serenidade.

 

39. Seja ridículo

 

Creative Guerrilla Marketing/Scholz & Friends

Seja extremo, ridículo mesmo. O tênis Nike Air não é embalado em uma caixa; ele é embalado em um saco cheio de ar – isso mesmo. É tão literal, mas tão criativo! Você sente a necessidade de colocar as suas mãos sobre a embalagem, tornando-a incrivelmente eficaz.

 

40. Use o produto para criar algo

 

Creative Guerrilla Marketing/Corrine Pant

Use o produto para criar uma imagem, mas certifique-se de que ela tem a ver com o que você está vendendo. Estes fones de ouvido são usados para criar imagens de notas musicais. Como as notas não foram impressas no papel, elas são 3D e, realmente, proporcionam algo a mais ao pedaço de cartolina.

 

41. Arrisque-se

 

Creative Guerrilla Marketing/Dennis Evers
Ser um pouco sugestivo pode atrair um público diferente. Este produto poderia ser apenas um item comum, mas o pacote mostra outra coisa. A embalagem está, na verdade, promovendo a conscientização sobre o câncer de mama e consegue chamar a atenção de maneira eficaz.

 

42. Seja mórbido

 

Creative Guerrilla Marketing/Reynolds and Reyner

Choque os seus consumidores. Esta embalagem de cigarro é bem chocante. Ela mostra a verdade, já que os fumantes sabem dos riscos de acender um cigarro. Embora não seja a melhor estratégia de marketing, certamente chamam a atenção.

 

43. Ultrapasse os limites

 

Creative Guerrilla Marketing/Raewyn Brandon

Seja menos ortodoxo com sua embalagem. Se os consumidores conseguirem perceber a ligação entre seu produto e a embalagem, isso significa que você não foi longe de mais. Este gel de vodca tem uma embalagem que parece um tubo de pistola de vedação. Ela proporciona uma maneira interessante de aplicar o produto, dando um toque divertido aos géis industriais.

 

44. Aborde a situação

 

Creative Guerrilla Marketing/Acholz & Friends Berlin GmbH

Tente mostrar a razão pela qual alguém precisa do seu produto. Estes tampões de ouvido fazem isso. A tampa da embalagem parece o botão de volume de um aparelho de som, e a ação de abrir a embalagem “abaixa” o volume. A tampa não abafa o som, e sim os tampões de ouvido, mas a brincadeira dá um toque divertido.

 

45. Relacione o problema com a solução

 

Creative Guerrilla Marketing/BBDO Dusseldorf GmbH

Esta embalagem é de um remédio de digestão à base de plantas. Ele faz graça com as carnes. Quando as pílulas são retiradas da cartela, parece que os animais foram atingidos em um campo de tiro. A embalagem combina com o slogan “mire as comidas pesadas” e faz com que o produto pareça ser eficiente.

46. Faça parecer algo que não é

 

Packaging of the World/remark studio

Faça com que seu produto pareça outra coisa – mas nada muito drástico. Cerveja em lata é algo barato; mas, geralmente, a embalagem também não é grande coisa. Esta cerveja é enlatada, mas parece que está dentro de um copo de vidro. O contraste entre a borda e o resto da lata cria um efeito interessante e único.

 

47. Use o produto a seu favor

 

From Up North/Kei Meguro

Use a textura, a cor ou a forma do produto a seu favor. Esta embalagem de carne usa a própria carne como elemento do design. O espaço negativo na imagem dos animais revela o produto, criando um contraste entre como o produto era (um animal) e como é agora (uma carne).

 

48. Seja compacto

 

Yanko Design/Kurt Rampton/BOLTgroup

Se você pode fazer algo menor funcionar, faça isso. Quanto mais compacto, mais fácil será para armazenar e transportar. Estes pen drives estão conectados através de um pedaço de cartolina. A embalagem tem o tamanho de um cartão de crédito e cabe, facilmente, dentro de uma carteira. Se você precisar dar a alguém um arquivo digital, simplesmente destaque um pen drive da cartela, carregue o documento e entregue o drive. É conveniente e lembra aqueles populares panfletos destacáveis.

49. Exagere

 

Packaging of the World/Hani Douaji

Vá além com o seu design, pois nunca se sabe as soluções interessantes que você pode descobrir. Trident usou a forma do seu produto para criar dentes. Em vez de usar apenas a boca vermelha comum, a marca adicionou bigodes e pelos faciais engraçados. Ou seja, Trident pegou uma ideia única e foi mais além.

 

50. Desconstrua a embalagem

 

Buzzfeed/Preston Grubbs

Pegue o seu produto e faça com que ele se torne uma embalagem abstrata. Em vez usar pequenas caixas de suco de laranja comuns, a marca transformou as caixas em “fatias” de uma laranja, colocadas dentro do mesmo material que as laranjas frescas são embaladas, formando algo parecido com uma laranja inteira.

 

Agora é com você

Após descobrir as infinitas possibilidades que existem para criar embalagens supercriativas, não hesite em extrapolar os limites. A sua embalagem pode ser funcional, reutilizável, divertida ou simplesmente estranha. Uma coisa é certa: quanto mais criativa e inspiradora ela for, mais fácil será para vender seu produto.

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Impressões de Rodolpho Guttierrez https://www.cbd.org.br/artigos/impressoes-de-rodolpho-guttierrez/ https://www.cbd.org.br/artigos/impressoes-de-rodolpho-guttierrez/#respond Thu, 25 Apr 2019 19:45:33 +0000 https://www.cbd.org.br/?p=3127 A semana de design de Milão, Itália com o Isaloni teve inicio em 24 de Setembro de 1961 e desde então o mundo tem...

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A semana de design de Milão, Itália com o Isaloni teve inicio em 24 de Setembro de 1961 e desde então o mundo tem ido conferir as tendências de mobiliário. Porém falar de tendência é falar sobre algo temporário, algo que vem e que volta, geralmente. É extremamente importante saber o que está acontecendo no mundo, quais materiais estão sendo usados, acabamentos, cores, texturas e etc. Existem sempre os matérias que são usados desde o princípio do mobiliário, e isso que mais me chamou a atenção esse ano. Jeitos diferentes de usar os mesmo materiais, ser criativo usando madeira e couro por exemplo, ser criativo no design de uma cadeira, que possui assento e 4 pés, assim como todas as outras cadeiras que já foram criadas.

O design vem cada mais forte, e veio para ficar, antigamente quando as peças eram criadas no instinto, hoje isso não faz mais parte das empresas que almejam criar o seu espaço no mundo do design e do mobiliário. É preciso saber exatamente o que está sendo criado, o que está sendo fabricado para então saber exatamente como comercializa-lo. Design não é criar algo diferente, isso tem outro nome, design é criar algo pensando em ergonomia, pensando em matéria prima, pensando no nome do produto, na estratégia, em como comercializar, em como divulgar e etc.

Estamos em um era onde o Pós Luxo está em ascensão, produtos de extrema qualidade, que seguem na contra mão da obsolescência programada, com design atemporal, que são simples e especiais, com todos os detalhes pensados, onde tudo tem um por que. Criar algo simples e especial é algo extremamente complexo que exige muito conhecimento e talento, e assim criamos objetos de desejo.

Destaco o Design Brasileiro ganhando muita notabilidade e força, a Apex-Brasil e a Abimóvel através do projeto Brazilian Furniture vem trazendo empresas que estão se destacando no mercado nacional para as ganhar força no mercado internacional, tanto no Isaloni como no Fuorisaloni (fora do salão do móvel) eventos que acontecem na cidade inteira durante a semana. O evento do Be Brasil estava com muita brasilidade, muito conceito, peças fantásticas de design autoral e empresas fabricantes que não perdem nada em qualidade e acabamento para empresas europeias.

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Inteligência na Embalagem https://www.cbd.org.br/artigos/inteligencia-na-embalagem/ https://www.cbd.org.br/artigos/inteligencia-na-embalagem/#comments Tue, 28 Aug 2018 18:45:54 +0000 https://www.cbd.org.br/?p=2585 Por que não utilizar de forma mais inteligente este poderoso recurso que as empresas têm dentro de casa?   Um tema recorrente que aparece nas...

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Por que não utilizar de forma mais inteligente este poderoso recurso que as empresas têm dentro de casa?

 

Um tema recorrente que aparece nas conversas que tenho sobre embalagem com profissionais, alunos e empresários do setor é porque a contribuição que a embalagem oferece às empresas é tão pouco percebida e valorizada?

Não é de hoje que este tema está em pauta e ele me preocupa tanto que já gastei muito fosfato, tinta, papel e lápis de cor tentando mapear os porquês desta visão –  que reputo ser no mínimo míope – ainda persistir entre a maioria dos que atuam no setor de embalagem no Brasil.

Agora, passando a régua nas iniciativas, trabalhos e atividades que desenvolvi nestes mais de 30 anos de atuação nesta área, me deparei com o que tem sido o pano de fundo do que tenho feito para entender melhor esta questão.

Na verdade, sempre procurei formas mais inteligentes de aproveitar o enorme potencial de contribuição que a embalagem pode oferecer e esta tem sido a linha mestra do meu trabalho. Sempre coloquei foco em utilizar a embalagem em todo seu potencial e por isso, fui descobrindo que ela vai muito além de suas funções básicas de conter, proteger e transportar o produto…

Primeiro foi com o design que considero o componente fundamental e integrador de todo o processo de criação e produção das embalagens, pois a embalagem é ao mesmo tempo expressão e atributo do conteúdo. Por meio de seu desenho ela posiciona o produto, agrega valor e transforma o que seria apenas uma mercadoria, numa entidade cheia de significados.

Depois veio a utilização da embalagem como ferramenta de marketing, veículo de comunicação e elo de conexão com a internet, tema que considero extremamente atual e no qual fomos pioneiros no Núcleo de Estudos da Embalagem que coordenei na ESPM.

Foi uma árdua jornada até conseguir juntar tudo isso com o aprendizado acumulado ao longo dos anos trabalhando com algumas das maiores e melhores empresas do nosso mercado, mas afinal consegui reunir tudo num programa que integra estes aprendizados de forma organizada operacionalmente para utilizar a embalagem em todo o seu potencial.

Sempre considerei que não era muito inteligente ter dentro de casa um recurso tão valioso e não utilizá-lo da melhor maneira possível, por isso chamei o programa de ‘Programa de Inteligência na Embalagem”.

Este programa começou a ser aplicado em 1998 logo depois que fundei minha agência Packing Design. Foi neste ano que apresentei à CSN a proposta e ela aceitou aplica-lo nas latas de aço, segmento para o qual fornecia as folhas de flandres que produzia.

Daí para a frente, ficou evidente que quando se tem uma abordagem estruturada das funções que a embalagem realiza, os resultados são bem melhores que quando não fazemos isso e utilizamos apenas suas funções básicas ou obtemos só uma parte da contribuição que a embalagem pode oferecer.

Desde então, o Programa de Inteligência na Embalagem vem sendo aplicado tanto em sua versão completa como em versões customizadas tanto em empresas fabricantes de embalagem ( B2B ) com naquelas que as utilizam no B2C.

O princípio básico que está por trás do programa é o fato da embalagem ser um componente da estrutura de custo de um produto e por isso mesmo, seu custo já está embutido em seu custo final, o que faz dela uma ferramenta de marketing, um veículo de comunicação e um poderoso elo de conexão com a internet a custo praticamente zero.

É inteligente ter tudo isso a disposição e não utilizar da melhor maneira possível?

Qual empresa nos dias de hoje pode se dar ao luxo de desperdiçar recursos tão importantes como estes?

E foi para responder a estas indagações que publiquei no livro Gestão Estratégica de Embalagem um capítulo que apresenta em detalhes as ferramentas e o esquema básico de funcionamento deste programa mencionado acima.

Meu objetivo é chamar a atenção das empresas para esta possibilidade de utilizar ao máximo o potencial de suas embalagens e com isso apresentar uma saída para a discussão mencionada no início deste artigo.

A embalagem é pouco aproveitada porque não se conhece o quanto ela pode contribuir. Não podemos mais utilizar um recurso tão preciso apenas para “carregar o produto”. A forma mais inteligente de aproveita-lo é fazer com que a embalagem ajude o negócio da empresa. Mas aí surge uma nova pergunta: como afinal a embalagem ajuda o negócio da empresa?

Ela consegue ir além de suas funções básicas e atua como ferramenta de marketing, veículo de comunicação e elo de conexão com a internet.

E como o design contribui?

O design é o componente integrador de todo o processo e é ele que dá a embalagem as características e funcionalidades que permitem que estas ferramentas sejam aplicadas.

O Programa de Inteligência na Embalagem tem o design como ponto de partida e pilar estrutural,  a ferramenta que está moldando o pensamento de negócios no século XXI.

 

Fabio Mestriner

Professor do curso de Pós-Graduação em Engenharia de Embalagem no IMT Mauá
e do MBA de Marketing da Fundace USP.
Autor dos livros Inovação na embalagem – Método Prático e Gestão Estratégica de Embalagem

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O Poder da boa Embalagem https://www.cbd.org.br/artigos/o-poder-da-boa-embalagem/ https://www.cbd.org.br/artigos/o-poder-da-boa-embalagem/#comments Thu, 10 May 2018 17:37:32 +0000 https://www.cbd.org.br/?p=2171 Empresários que tem a responsabilidade de conduzir seus negócios num cenário cada vez mais competitivo como o que vivemos hoje sabem da importância de...

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Empresários que tem a responsabilidade de conduzir seus negócios num cenário cada vez mais competitivo como o que vivemos hoje sabem da importância de contarem com todos os recursos que puderem ser aplicados para tornar seus produtos mais fortes e competitivos.

Muitos destes empresários conhecem bem o poder que uma boa embalagem tem de ajudar seus produtos a serem atraentes ao primeiro olhar e todos concordam que a embalagem é um componente importante na construção da imagem e do valor dos produtos de consumo que tem contato direto com os consumidores.

Mas o que muita gente não sabe, é o tamanho da contribuição que uma boa embalagem pode oferecer, por isso, decidimos enumerar neste artigo a contribuição que ela tem para o negócio da empresa.

1-    Em primeiro lugar, a boa embalagem desperta o orgulho e o entusiasmo da empresa por seu próprio produto pois todo mundo percebe quando tem em mãos uma boa embalagem. A empresa se sente mais confiante na capacidade do produto e tem mais convicção na hora de apresentá-lo ao mercado.

2-    A boa embalagem, quando oferecida aos compradores dos estabelecimentos varejistas, ajuda no fechamento da venda pois

quem compra precisa sentir que o produto vai vender bem, e é aí que a boa embalagem ajuda a formar esta percepção.

Embalagens feias e ruins vendem mal a si próprias e aquelas que não têm presença acabam gerando dúvidas nestes profissionais quanto à efetiva capacidade do produto vender bem.

3-    Uma vez comprada pelo varejo, a boa embalagem, ajuda o produto a ser exposto de forma melhor do que o que acontece com uma embalagem sem graça, pois os varejistas tendem a destacar aqueles produtos mais atrativos pois eles ajudam a compor o visual da gôndola.

4-    Uma vez no ponto de venda, lado a lado com seus concorrentes, a boa embalagem precisa destacar o produto fazendo com que ele seja “enxergado” pelos consumidores. Existem muitos produtos, que por falta de destaque e atratividade de suas embalagens, acabam por nem serem vistos.

5-    Depois de chamar a atenção do consumidor, uma boa embalagem precisa despertar o desejo de compra e agregar valor percebido ao produto para fazer com que ele aceite pagar o preço que está sendo cobrado e só as boas embalagens fazem o produto parecer valer mais do que o que está sendo pedido por ele. É por isso que numa mesma categoria encontramos produtos com preços tão diferentes e o consumidor muitas vezes aceita comprar os mais caros. As boas embalagens contribuem de forma decisiva neste processo pois, mesmo que não compre nada, o consumidor percebe ao primeiro olhar que ali existem produtos mais caros e mais baratos.

Quem informa isso a ele à primeira vista é a embalagem.

6-    Depois de conquistar o consumidor e ser comprada por ele, a embalagem continua seu trabalho pois é ela quem está presente no momento mágico em que o consumidor realiza a experiência de consumo do produto. Neste momento a embalagem estabelece o elo que permite que o produto seja reconhecido, memorizado e através de seu visual, seja novamente encontrado e comprado.

Portanto, é muito importante que todos compreendam que a embalagem começa a trabalhar e oferecer seus benefícios muito antes de chegar ao ponto de venda e continua prestando serviço mesmo depois de ser comprada pelo consumidor.

O poder da embalagem está justamente no fato dela ser um componente fundamental do produto que está presente desde o primeiro até o último momento de sua existência contribuindo em todas as etapas para que o produto obtenha sucesso.

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10 RAZÕES PARA INOVAR NA EMBALAGEM https://www.cbd.org.br/artigos/10-razoes-para-inovar-na-embalagem/ https://www.cbd.org.br/artigos/10-razoes-para-inovar-na-embalagem/#comments Fri, 22 Sep 2017 14:36:50 +0000 https://www.cbd.org.br/?p=255 Não creio que seja necessário explicar porque a inovação é importante nos desafiadores tempos em que vivemos, onde a similaridade tecnológica e a abundância...

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Não creio que seja necessário explicar porque a inovação é importante nos desafiadores tempos em que vivemos, onde a similaridade tecnológica e a abundância de produtos concorrendo numa mesma categoria e a crescente infidelidade dos consumidores as marcas se tornaram um inferno na vida de todas as empresas que competem no mercado de consumo, especialmente aquelas que precisam conquistar o consumidor nas gôndolas do auto-serviço onde seus produtos estão dispostos lado a lado, em confronto direto com seus oponentes.

Todos que tem a responsabilidade de conduzir seus produtos num cenário cada dia mais competitivo sabem a vantagem que que se obtém ao oferecer algo que seja percebido pelos consumidores como “diferente” daquilo que estava sendo oferecido até então.

É muito fácil compreender o poder do “novo” na vida dos produtos, basta observar como funciona a moda. Coleções são lançadas a cada estação apresentando as novidades que sairão nas revistas especializadas e aparecerão nas vitrines das lojas de grife. O mesmo pode ser observado na indústria automobilística com seus “lançamentos” de novos modelos apresentados com todas as trombetas nos salões, revistas e concessionárias.

Um carro novo não significa apenas o ano de fabricação mas o modelo a que se refere pois segundo pesquisas amplamente difundidas, o consumidor não quer comprar produtos iguais ou mais baratos, ele quer aquilo que não podia comprar antes. Quer comprar um carro “melhor”, acima do que tinha antes. Por isso os fabricantes oferecem uma progressão de modelos que permitem ao consumidor evoluir sem sair da marca. Marcas como Lexus, Acura, Cadillac e Lincoln, por exemplo, cumprem esta função, permitindo aos consumidores da Toyota, Honda, GM e Ford, chegarem ao topo da cadeia sem deixar sua marca de origem. Servem também para capturar consumidores das demais marcas que não tem mais para onde subir dentro delas.

O poder do novo é reconhecido por todas estas empresas que vão de grifes a fabricantes de automóveis passando por todo tipo de empresa que tem a inovação como estratégia competitiva.

Da mesma forma, quem importa de verdade no marketing e no mercado de produtos de consumo que tem embalagem, já sabe muito bem que ela é um item relevante na composição de preço dos produtos e um fator decisivo no corpo a corpo do produto com seus concorrentes.

Mas antes de entrarmos nas 10 razões, é importante esclarecer sobre que tipo de inovação estamos falando porque o conceito foi expandido de tal forma que há definições para todos os gostos e palavras complexas como disruptiva, incremental que servem para estabelecer diferenças de procedimentos na busca e na aplicação de métodos.

A inovação a que nos referimos é aquela que se encontra no significado mesmo da palavra que a designa pois o cérebro humano trabalha com significados e são elas, as palavras, que nos permitem compreender aquilo que se revela em seu nome.

Inovação é “ação” de criar algo novo, mas esta ação é diferente da descrita em “invenção”, que consiste em criar algo novo a partir do que não existe.

Portanto aqui nos referimos a ação de criar algo novo a partir do que já existe, pois quase tudo que a humanidade criou, foi criado a partir de coisas que já existiam. Quando a Apple criou o iPhone, o telefone, o chip e a tela touch screen já existiam…

Assim, entendemos que uma inovação na embalagem não precisa ser algo que ainda não existia no planeta terra, precisa ser apenas que seja diferente de seus concorrentes diretos pois sabemos que nenhum produto concorre no mercado, todo produto concorre numa categoria e é nela que o “novo” precisa ser apresentado e percebido como tal em relação ao que está a sua volta.

A margarina não concorre com o sabão em pó, este por sua vez não concorre com o creme dental e assim por diante.

Então vamos lá, porque razão é importante inovar na embalagem?

1-   Coisas iguais não tem valor diferente.

Produtos similares tendem a ter o mesmo preço por não apresentarem diferenciais percebidos. Esta situação favorece as marcas estabelecidas cujo aval atribui a seus produtos um diferencial de valor que faz com segundo uma pesquisa da Nielsen, 75% dos líderes nas principais categorias de consumo no Brasil, sejam mais caros que seus concorrentes.

Se a empresa não é a marca líder da categoria em que compete, a inovação é a forma mais eficiente dela agregar valor percebido e melhorar a competitividade de seus produtos.

Se for a marca líder, precisa manter uma dinâmica constante de inovação para impedir que esta aconteça através de seus concorrentes.

2-   É muito caro e difícil inovar no produto

A Coca Cola tem mais de 100 anos e sua fórmula original continua secreta, no entanto, é uma das empresas que mais inovam nas embalagens de seu produto.

Existem produtos que não tem muito como mudar radicalmente. O macarrão buscou nos diversos formatos sua diferenciação e a cerveja, apesar de haver uma lei na Alemanha, promulgada em 1511, para garantir sua “pureza” e impedir que seja feita com ingredientes diferentes do que nela está especificado, existe hoje em dia cervejas de todas as cores e sabores, mas suas embalagens ainda mantém uma certa tradição.

Estes são exemplos de como é difícil e muitas vezes bastante caro inovar no produto, razão pela qual inovar na embalagem é mais fácil, rápido e barato.

Não importa o tipo de produto, todos eles podem receber uma embalagem diferente de seus concorrentes para escapar da razão número um e aumentar suas chances de ser escolhido e experimentado.

3-   O consumidor não separa a embalagem de seu conteúdo

O mais amplo estudo realizado no Brasil sobre a relação do consumidor com a embalagem, revelou que para ele, a embalagem e seu conteúdo constituem uma única entidade, indivisível.  Com base nesta revelação, a inovação da embalagem pode mudar a percepção do produto e posiciona-lo na vanguarda da evolução de uma determinada categoria o que colocará em ação algumas das demais razões descritas neta relação.

Ainda que não seja o líder da categoria, um produto pode, através de sua nova embalagem, assumir a liderança na evolução da categoria. Isto já aconteceu diversas vezes e nestes casos foi possível observar que o consumidor adota ao produto que toma a iniciativa, uma atitude positiva que acaba repercutindo no crescimento vendas.

4-   A embalagem é um item de referência no processo de escolha dos produtos

A frase acima faz parte das conclusões da mesma pesquisa citada na razão número 3 e foi resultado da pesquisa realizada pelo Comitê de Estudos Estratégicos da ABRE.

A inovação é importante porque faz com que o produto forneça ao consumidor, através de sua embalagem, uma referência de futuro, de ser atual, inovador e que está em sintonia com a evolução e o progresso material da sociedade onde vive.

A pior coisa que pode acontecer a um produto, é ser associado ao “atraso”, ao ter ficado para trás enquanto as coisas evoluíram ao seu redor. Isso é bem diferente da “tradição”, que é positiva, mas um posicionamento que só pode ser adotado por quem verdadeiramente a tem pois esta não pode ser criada nem inventada. Só o tempo constrói o valor da tradição.

O futuro é construído pela inovação.

5-   Só a marca não garante mais o sucesso do produto

Há alguns anos uma marca líder inconteste em diversas categorias de produtos convocou um painel de especialistas para avaliar as embalagens de seus produtos frente as embalagens dos seus concorrentes em três diferentes categorias.

Ela desejava saber se suas embalagens eram melhores, piores ou iguais das de seus concorrentes.

A meu ver, esta empresa fez o que todas deveriam fazer regularmente pois procedeu desta forma porque aprendeu que caso suas embalagens fossem “inferiores” das de seus concorrentes, apesar do extraordinário poder de sua marca, ela estaria com problemas.

Inovar na embalagem passou a ser um requisito do novo modelo competitivo pois a qualquer momento alguém pode surgir na gôndola com algo novo e desequilibrar a competição a seu favor.

6-   A melhor forma de comunicar diferencial e obter vantagem no PDV

Existem diversas maneira de comunicar diferencial e de obter com isso a vantagem competitiva no ponto de vendas. A embalagem é uma forma comprovadamente eficiente de fazer isso. Já está provado que uma boa mudança de embalagem aumenta as vendas do produto obrigando muitas vezes os concorrentes a segui-la para não ficarem para trás. Sabemos também que não adianta o produto apresentar algo novo se isso não é percebido de imediato pelos consumidores. No novo cenário competitivo, quem tem que explicar já larga em desvantagem, as mudanças e novidades tem que ser autoexplicativas e a embalagem é o meio mais eficiente de comunicar algo novo no produto e ao fazer isso, leva-lo a obter vantagem de posicionamento em relação a quem não tem algo de novo a apresentar

7-   Se o produto trás algo inovador, a embalagem precisa confirmar isso

Já vi diversos casos onde uma inovação que custou milhões em investimento e levou anos de pesquisa falhar em sua apresentação ao mercado por falha ou deficiência em sua embalagem.

Não adianta inovar no produto se isso não for corretamente comunicado na embalagem é a mensagem que estes fracassos nos trazem. A inovação na embalagem é um item obrigatório no projeto de inovação do produto segundo as razões anteriores.

8-   Quem chega por último precisa trazer algo novo se quiser ser visto

Pesquisa da Nielsen apresentada no Congresso Brasileiro de Embalagem mostrou que cerca de 80% dos produtos laçados no Brasil não conseguem permanecer no mercado. Os motivos dessa tragédia são o marketing insuficiente, a falta de inovação e o fato do produto não trazer algum valor percebido para o consumidor. Os produtos perecem por serem mais do mesmo e assim serem percebidos.

Ocorre que para ter “Marketing Suficiente”, é preciso que haja verba de marketing, recurso cada vez mais escasso, que faz com quase 90% de tudo que encontramos em um supermercado não dispor de investimentos no marketing do produto.

Mesmo grandes empresas líderes de mercado tem dificuldade de investir em todos os produtos de sua linha, concentrando suas verbas nos carro chefe e no institucional da própria marca.

Por isso, investir na embalagem é uma forma eficiente de transmitir diferencial e agregar valor percebido ao produto sem dispor de verbas de marketing uma vez que o custo da embalagem já está embutido no custo do produto.

A embalagem é um tremendo recurso que a empresa tem dentro de casa que pode ser utilizado para inovar na apresentação do produto fazendo valer todas as razões apresentadas até agora sem acrescentar novos custos.

9-   A inovação é percebida como valor

A GFK, umas das maiores empresas de pesquisa de mercado e comportamento dos consumidores tem uma frase que vale a pena repetir aqui: “ O consumidor não compra preço, ele compra valor”.

Uma das principais características positivas da embalagem é que ela agrega valor ao produto. Não precisamos entender de whiskey para diante da gôndola destes produtos, percebermos que existem produtos mais caros e mais baratos e podemos concluir isto diante das gôndolas de praticamente todos os produtos.

No caso da inovação, isso ficou demonstrado em dezenas de pesquisas que fizemos no Núcleo de Estudos da Embalagem ESPM. A inovação é percebida como valor pelos consumidores e valor para eles é aquilo que percebem, reconhecem e os faz aceitarem pagar mais pelo produto. A inovação na embalagem faz isso!

10-      Produtos inovadores valem mais e obtém lucro maior

Todos os que já se dedicaram ao estudo deste tema tiveram acesso a números que comprovam esta afirmação. Esta é inclusive a principal razão que faz as empresas investirem milhões e focar suas estratégias na busca da inovação.

As nove razões anteriores são suficientes para que se compreenda porque investir em inovação na embalagem, mas talvez, de todas elas, a mais importante é o fato da embalagem representar um custo importante na composição do produto. Grandes empresas no Brasil, tem orçamentos anuais de embalagem que superam a casa dos R$ 2 Bilhões.

Por causa de tudo isso, a embalagem não pode mais ser utilizada apenas para “carregar” o produto, ela precisa contribuir com o negocio da empresa e melhor maneira que ela tem de fazer isso, é a inovação pois, inovar na embalagem é a melhor forma de agregar valor percebido ao produto, comunicar diferencial e obter vantagem competitiva no ponto de venda.

**Fábio Mestriner é professor da pós-graduação na ESPM e na Escola de Engenharia MAUÁ. Autor dos livros Design de Embalagem Curso Básico e Gestão Estratégica de embalagem.

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A desespecialização do design https://www.cbd.org.br/artigos/a-desespecializacao-do-design/ https://www.cbd.org.br/artigos/a-desespecializacao-do-design/#respond Tue, 19 Sep 2017 17:57:37 +0000 https://www.cbd.org.br/?p=1 Meu bisavô, Pedro Agápio de Aquino, formou-se médico na primeira faculdade de medicina do Brasil, a Escola de Cirurgia da Bahia (atual UFBA –...

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Meu bisavô, Pedro Agápio de Aquino, formou-se médico na primeira faculdade de medicina do Brasil, a Escola de Cirurgia da Bahia (atual UFBA – Universidade Federal da Bahia), em Salvador.  Depois de quase ir do Oiapoque ao Chuí para clinicar acabou por se fixar em São José do Rio Pardo, interior de São Paulo.

Não o conheci, mas tenho na memória histórias que minha mãe me contava sobre ele, clínico e cirurgião geral que era… tratava unha encravada, amputava membros, engessava braços, operava estômagos, vesículas, retirava amídalas e, até onde sei, foram pouquíssimas as vítimas fatais resultantes de seus mirabolantes e surpreendentes procedimentos. Para a época, início do séc. XIX, um faz tudo tipo pedreiro-encanador-eletricista.

Então, é aqui o ponto que quero levar à discussão e, absolutamente, não quero ter razão e nem proponho uma volta ao passado, mas apenas trazer à tona e questionar a fragmentação na qual as recentes escolas de design estão estruturando suas grades curriculares.

Estudei entre 1975 e 1979 em uma faculdade de arquitetura que contemplava (na época!) um período básico e nos demais anos, além das matérias obrigatórias, podíamos nos matricular em optativas para cursos que nos abriam caminhos para 5 diferentes habilitações: projeto de arquitetura, desenho industrial, comunicação visual, paisagismo e urbanismo. De minha turma, se não me engano, uns 20% “viraram” arquitetos de fato (isso, projeto de edificações como reza o figurino)… os demais, face à amplitude de horizontes que o curso nos proporcionava, foram atuar nas mais diversas áreas… fotógrafos, músicos, cineastas, poetas, publicitários, cenógrafos, professores de ioga, escritores, inclusive designers.

Uma formação geral que permitia irmos decidindo e nos habilitando conforme nossas descobertas e afinidades. Aprendíamos projeto.  Aprendíamos a projetar. Projetar nossas vidas, o nosso dia, uma casa, cadeiras, automóveis, vasos, pictogramas, liquidificadores, livros, folhetos, enfim, a gente arriscava e riscava o que viesse pela frente.  Não havia rotina que nos prendesse.  Sempre senti e sinto que a graduação é para abrir nossas cabeças, para construir roteiros.

Há pouco meses, encontrei o mestre Baravelli (Luiz Paulo), aqui em Ribeirão Preto, na abertura de uma de suas sempre surpreendentes exposições e pudemos relembrar uma de suas ótimas crônicas (foram muitas!) publicadas na Folha de São Paulo no decorrer da década de 80… o título desta era “marcha à ré” e propunha aos recém-formados enfiarem suas violas nos seus respectivos sacos e começarem a projetar e reprojetar as coisas mais simples do cotidiano para melhorar a vida das pessoas antes de caírem no mundo da soberba projetando castelos e fortalezas intransponíveis (de péssimo gosto, sempre) e cadeiras maravilhosas, mas quase impossíveis de acomodar adequadamente nossas bundas.

Ainda considero o copo americano um dos top 10 (que tem muito mais de 100!) do design mundial pela sua simplicidade, utilidade e, porque não, elegância? Podemos querer algo mais prazeroso do que beber uma cerveja gelada num copo desse que apesar de americano é nacionalmente conhecido e reconhecido!

Há ferramentas demais e pouco lápis e papel… não, não proponho voltar ao uso de apontadores e borrachas, lápis e papel são apenas simbólicos, falo em exercitarmos mais o olhar, aprimorar mais nossas percepções e retratá-las imediatamente no papel (ou no monitor)… a melhor câmera fotográfica são os nossos olhos, o que vemos, selecionamos e, principalmente, o que sentimos através deles.  Para sentir é preciso “estar” no palco… e quem não “está” não sente e vira simples vítima dos cenários, das circunstâncias e da opinião externa (confesso, aqueles gráficos em forma de pizza de percepção de consumo me dão uma tremenda coceira…).

O design tem que ser antes de tudo um causador de emoções, de surpresas e que seja percebido e valorizado como tal, um agente de melhora do comum, um antecipador de soluções e não um criador de novidades inúteis muitas vezes chamadas de “inovação”.  Quem define inovação e valor é quem consome.  Como sabemos, não precisamos reinventar a roda.

Fato é, que para mudar um cenário temos que agir como clínicos gerais em parceria com o mercado, com as demandas latentes dos consumidores, materializando os seus desejos como agentes transformadores que somos e, porque não também nos surpreendermos?

É por isto que acredito na criação de escolas de projeto, aquelas onde a gente aprende a pensar e fazer… pensar e fazer muito e rápido… agir é o verbo.  É preciso estar permanentemente no olho do furacão, pensar, fazer e compartilhar sem precisar gastar uma fortuna em postitis pregados na parede lembrando que todos nós somos designers, afinal quem é que criava na época da pedra lascada?

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Eu, no iF https://www.cbd.org.br/artigos/eu-no-if/ https://www.cbd.org.br/artigos/eu-no-if/#respond Wed, 22 Feb 2017 14:31:01 +0000 https://www.cbd.org.br/?p=250 Um Wal-Mart inteirinho só do melhor do design mundial. Esta foi a impressão que tive quando entrei no imenso galpão no porto de Hamburgo,...

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Um Wal-Mart inteirinho só do melhor do design mundial. Esta foi a impressão que tive quando entrei no imenso galpão no porto de Hamburgo, que por três dias foi o endereço de trabalho dos 58 jurados do iF Design Award 2017.

Eram corredores e corredores de produtos dos mais diversos tipos, tamanhos, cores, divididos em 7 disciplinas (e 54 categorias!), tendo como principal ponto em comum a alta qualidade do design, seja nas formas, nos acabamentos, no nível de inovação e outros atributos que tornam um produto passível de ser chamado de “bom design”.

Imediatamente me veio a memória de mais de uma década atrás quando recebi um telefonema para saber que tínhamos ganho nosso primeiro iF Design Award. Naquele ano de 2004 foram dois prêmios iF que deram início a uma estratégia bem sucedida de posicionamento do nosso escritório como um time premiado internacionalmente. Ganhar o iF representava o reconhecimento de um nível internacional de qualidade, não só para os profissionais de design envolvidos como para os fabricantes e suas marcas, que a partir do prêmio se posicionam de uma nova forma no mercado global.

Dessa vez na posição de júri, pude perceber muito claramente o trabalho sério de inúmeras marcas de países sem tradição em design, que passam a utilizar o prêmio iF não só como selo de qualidade, mas como porta de entrada para um mundo até muito recentemente dominado por marcas europeias, japonesas e norte-americanas. Produtos vindos de lugares tão improváveis quanto Bósnia-Herzegovina, Ucrânia e Panamá (só para ficar em alguns exemplos mais emblemáticos) competindo com projetos de muito boa qualidade em termos de design.

Levi, à direita, durante o júri

É engraçado, mas provavelmente este meu estranhamento deve ter sido muito parecido com o que os jurados do início dos anos 2000 tiveram quando produtos brasileiros começaram a ser inscritos e a ganhar prêmios numa quantidade sem precedentes. Anos depois, o Brasil já é percebido como um player importante no cenário do design mundial na perspectiva dos prêmios de design. Este ano foram 29 prêmios, que por mais que sejam um número menor que os anos anteriores, ainda é para lá de significativo.

O que não pude deixar de perceber foi a quantidade impressionante de projetos vindos da China. Já não são apenas produtos de baixa qualidade e “inspirados” em produtos de nações mais tradicionais no design, apesar de muitas inscrições do país asiático ainda terem estas características. Já se pode perceber projetos muito bem realizados, que trazem inovação e um grau de sofisticação no design bastante grande, fruto do alto grau de industrialização do país e da quantidade impressionante de designers formados que saem das universidades chinesas.  Foram 366 projetos chineses premiados, num total de 1495 projetos deles inscritos. Aliás, usando esta métrica, o nível de acerto do design brasileiro foi muito bom: 81 inscrições para 26 prêmios, num índice de premiação de 32%: muito bom.

Vale a pena falar também do nível de organização das sessões do júri: foram basicamente dois dias e meio de trabalho intenso, nos quais os trios de jurados (auxiliados por duas assistentes do iF) tinham em geral duas categorias para avaliar. Ou seja, algo entre 250 e 350 projetos. Só um processo muito bem estruturado e uma cronometragem German Style puderam garantir que ao final do processo 450 prêmios fossem concedidos, incluindo 56 Gold Awards, numa referência aos melhores dos melhores.

Mas, assim como o design, as premiações também vão se transformando na velocidade que a revolução digital nos impõe. Os prêmios são hoje algo que coroa com chave de ouro um projeto bem realizado, celebrando um processo que começou com um briefing ou apenas uma pergunta (prefiro a última), passou por todas as etapas de desenvolvimento e resultou num novo produto, marca ou serviço que de alguma forma impactou quem mais interessa: o usuário, o ser humano. O prêmio olha para o passado e confere no presente o selo de qualidade e de certeza de um trabalho bem feito.

Mas isso hoje já não é suficiente. É necessário olhar para o futuro, se posicionar (seja como designers, escritórios ou marcas) e assumir um propósito verdadeiro sobre como podemos criar experiências reais e factíveis que impactem as pessoas positivamente, e por consequência todo o ecossistema envolvido. E se este propósito resultar em algo que eventualmente seja premiado, melhor ainda!

** Levi Girardi, designer paulistano sócio do escritório Questto | Nó, foi o único brasileiro selecionado pelo iF para ser jurado na edição de 2017 do iF DESIGN AWARD.

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